SOC e cibersegurança: como evitar excesso de alertas com contexto e IA

Mais alertas significam mais segurança? No mundo do SOC, essa lógica pode estar te levando na direção errada.
No universo do SOC (Security Operations Center) e da cibersegurança, é comum associar proteção ao volume de alertas. A lógica parece simples: quanto mais notificações, maior a cobertura. Mas na prática, isso se torna um problema.
O excesso de alertas, principalmente os irrelevantes, compromete a operação. Ele sobrecarrega analistas, atrasa a resposta a incidentes reais e aumenta o risco de decisões erradas. Em vez de proteger, o excesso de ruído paralisa.
Neste conteúdo, vamos mostrar por que mais alertas nem sempre significam mais segurança, e como o verdadeiro diferencial está no contexto, na priorização baseada em risco e no uso da inteligência artificial para transformar dados em decisão.
O SOC barulhento: quando o excesso de alertas sabota sua segurança
Imagine uma central de segurança que emite centenas de alertas todos os dias. Para muitos, isso parece sinal de eficiência, afinal, o sistema está monitorando tudo. Mas, na prática, esse volume pode ser um sintoma de outro problema: a falta de inteligência.
No cenário atual de SOC e cibersegurança, o excesso de alertas não é sinônimo de proteção. Pelo contrário, ele gera sobrecarga, esgota a equipe e cria uma rotina operacional baseada na reação, não na estratégia.
Em vez de agir com precisão, o time acaba afogado em notificações, muitas vezes irrelevantes ou repetidas, ignorando ou atrasando o que realmente importa: os incidentes de risco real para o negócio.
Esse tipo de ambiente leva ao que chamamos de SOC barulhento: muita atividade, pouca efetividade.
SOC reativo: o modelo que drena tempo, pessoas e confiança
Um SOC reativo funciona como um pronto-socorro em caos: ele corre atrás dos problemas à medida que aparecem, mas raramente consegue impedir que eles se agravem.
Esse modelo, ainda comum em muitas empresas, se baseia na lógica de que “quanto mais alertas, melhor”, mas não oferece mecanismos robustos de correlação, priorização ou automação. O resultado são equipes pressionadas, processos desconectados e métricas que medem quantidade, não impacto.
A consequência disso é grave:
- Analistas passam horas validando alertas que não representam ameaça.
- As decisões são tomadas com base em urgência, não em estratégia.
- A liderança perde a confiança na área de segurança porque não enxerga clareza ou retorno.
É um ciclo de esforço alto e resultado baixo, insustentável para qualquer organização que queira crescer com segurança.
SOC eficiente: quando a segurança deixa de apagar incêndios e começa a guiar decisões
Para romper com esse modelo, é preciso evoluir para um SOC eficiente, e essa mudança é mais estratégica do que técnica.
Um SOC eficiente não responde tudo. Ele responde certo. Ele entrega visibilidade real sobre o ambiente, entende o que está em risco e permite que a empresa aja com rapidez e coerência.
Essa eficiência nasce da combinação de três pilares:
- Processo: com fluxos bem definidos, governança clara e critérios objetivos para priorizar ações.
- Pessoas: preparadas para interpretar dados, tomar decisões e atuar com foco em risco.
- Tecnologia: automatizada quando possível, mas sempre orquestrada com inteligência e contexto.
Quando esses elementos se unem, o SOC passa a ser um motor de decisão, não apenas uma central de vigilância.
Inteligência artificial no SOC: como eliminar falsos positivos e decisões às cegas
O salto de um SOC reativo para um SOC eficiente não se dá apenas com mais ferramentas, ele exige inteligência, especialmente inteligência artificial.
A IA aplicada à cibersegurança permite que o SOC opere com mais autonomia e precisão. Ela filtra ruído, aprende com padrões de comportamento, identifica desvios relevantes e, sobretudo, ajuda a priorizar com base em risco real, não em volume de dados.
De acordo com o relatório de 2025 da IBM Cost of a Data Breach , organizações que usam IA e automação conseguem reduzir o tempo médio de contenção de incidentes em até 28%, além de economizarem cerca de US$ 1,76 milhão no custo médio de um vazamento.
Esse tipo de ganho só é possível quando o SOC para de operar como uma torre de alarme e passa a agir como uma estrutura inteligente de resposta coordenada.
O que sua empresa ganha com um SOC inteligente
Adotar um SOC eficiente, com IA integrada, é uma mudança que impacta toda a operação, e os benefícios são tangíveis:
- Redução no tempo de resposta a incidentes
- Diminuição de falsos positivos e sobrecarga operacional
- Melhor comunicação com o board, com indicadores estratégicos
- Conexão clara entre segurança, continuidade e valor para o negócio
Além disso, um SOC maduro cria um ambiente mais confiável para inovação, permitindo que o time de tecnologia avance com menos receio e mais apoio da área de segurança.
NG LISA®: contexto e priorização em tempo real
Na Under Protection, entendemos que SOC e cibersegurança precisam caminhar junto com a realidade do negócio. Por isso, desenvolvemos o NG LISA® — nossa plataforma proprietária que atua como cérebro do nosso SOC.
Com o NG LISA®, conseguimos:
- Precificar riscos com base em impacto, probabilidade e contexto
- Priorizar alertas com inteligência automatizada
- Entregar visibilidade real para a liderança, com dashboards claros e orientados a ação
- Conectar segurança à estratégia com dados que fazem sentido para quem decide
Mais do que detectar, o LISA ajuda o cliente a entender, priorizar e agir, antes que o risco vire prejuízo.
Conclusão: menos barulho, mais direção
No fim das contas, seu SOC não precisa ser mais ruidoso, ele precisa ser mais inteligente.
Com IA, contexto e estrutura, a segurança deixa de ser um problema e passa a ser uma vantagem competitiva.
Se o seu time ainda está ocupado apenas reagindo, talvez o problema não seja a equipe, mas a forma como a operação está estruturada.