Indicadores de Segurança da Informação: Transformando riscos em decisões estratégicas baseadas em dados

Entenda a importância de definir e acompanhar os indicadores de segurança da informação.

Definir e acompanhar os indicadores de segurança da informação certos pode transformar a forma como sua empresa lida com riscos, tornando ameaças mais visíveis, decisões mais estratégicas e investimentos mais eficazes. 

A segurança da informação já não é mais uma responsabilidade exclusiva da área de TI. Hoje, ela ocupa lugar central na estratégia de negócios de qualquer empresa que dependa de dados, processos digitais e reputação. Apesar disso, muitas organizações ainda operam sem visibilidade real sobre sua postura de segurança, e isso tem um custo. 

Sem indicadores de segurança da informação claros, é impossível saber se sua empresa está protegida ou apenas contando com a sorte. Medir, portanto, é o primeiro passo para proteger. Em um cenário onde as ameaças se tornam cada vez mais sofisticadas, e a complexidade tecnológica só cresce, indicadores bem definidos são o que separa empresas reativas daquelas que gerenciam seus riscos de forma inteligente. 

Neste artigo, vamos mostrar por que KPIs (indicadores-chave de desempenho) e KRIs (indicadores-chave de risco) são indispensáveis para uma segurança madura — e como eles ajudam a justificar investimentos, priorizar ações e tomar decisões com base em dados e não em suposições. 

 
Antes de medir, é preciso entender o que medir  

Quando o assunto é indicadores de segurança da informação, é comum as empresas quererem começar direto pelos números: “Qual o melhor KPI?”, “Quantos alertas devo monitorar?”, “Qual benchmark seguir?”. 

Mas a verdade é que a definição de indicadores não é o ponto de partida.
Antes de tudo, é preciso entender o seu ambiente, mapear os riscos e identificar o que realmente importa para o negócio. 

Na prática, os passos são: 

  1. Mapear os ativos críticos: Quais sistemas, dados e processos sustentam a operação da sua empresa? 
  1. Identificar os principais riscos: O que ameaça esses ativos? Quais cenários de impacto sua empresa não pode aceitar? 
  1. Entender o contexto de negócio: Que tipo de prejuízo (financeiro, operacional, reputacional) sua empresa mais teme? 
  1. Precificar o risco: Não basta saber que o risco existe — é preciso medir impacto e probabilidade. 

Somente depois de passar por essas etapas faz sentido definir quais indicadores serão acompanhados e como eles se conectam às decisões estratégicas da empresa. 

Esse processo de entendimento prévio é o que garante que você vai medir o que realmente importa, e não apenas o que é fácil de medir.

 

 Por que medir para gerenciar? 

Você não consegue proteger o que não consegue ver. Sem dados concretos, os riscos permanecem ocultos, as ações perdem foco e os recursos são mal aplicados. Sem uma estrutura de indicadores, muitas empresas não conseguem responder a perguntas fundamentais: 

  • Quais são os riscos mais críticos do nosso ambiente? 
  • Qual o tempo médio de resposta a um incidente? 
  • Estamos evoluindo ou estagnados em nossa maturidade de segurança? 

A ausência dessas respostas prejudica o planejamento, confunde prioridades e dificulta a comunicação com a liderança, que não enxerga claramente o valor das iniciativas de segurança. 

KPIs e KRIs: duas lentes para enxergar melhor 

Indicadores de segurança da informação não são apenas métricas: são ferramentas para tomada de decisão. No contexto corporativo, usamos principalmente dois tipos: 

  • KPIs (Key Performance Indicators): mostram o desempenho da operação de segurança frente aos objetivos. Exemplo: tempo médio de detecção de incidentes (MTTD), taxa de sucesso de campanhas de conscientização, número de vulnerabilidades corrigidas dentro do prazo. 
  • KRIs (Key Risk Indicators): antecipam potenciais ameaças. Exemplo: aumento no número de tentativas de acesso não autorizado, falhas recorrentes em sistemas críticos ou ativos com alto grau de exposição. 

Esses indicadores se complementam: enquanto os KPIs mostram eficiência, os KRIs mostram exposição. Integrar ambos proporciona uma visão holística sobre a postura de segurança da empresa. 

Indicadores de segurança da informação que fazem sentido para o negócio 

Medir é importante, mas medir certo é essencial. Ter um dashboard cheio de gráficos técnicos não basta. Os indicadores de segurança da informação devem responder à pergunta:
“Estamos protegidos o suficiente para o nosso contexto de negócio?” 

Exemplos eficazes incluem: 

  • Tempo médio de detecção e resposta a incidentes (MTTD/MTTR) 
  • Quantidade de vulnerabilidades críticas sem correção 
  • Aderência a políticas de segurança (como backups e autenticação multifator) 
  • Pontuação de risco por processo, ativo ou fornecedor 
  • Nível de maturidade por domínio (governança, monitoramento, conscientização etc.) 

A intenção não é apenas medir presença de ferramentas, mas entender grau de exposição, impacto potencial e pontos cegos. 

Medir risco com foco no impacto 

No fim das contas, medir segurança é medir risco — traduzido em impacto financeiro e relevância estratégica. Essa abordagem permite priorizar com base em dados, não em achismos. 

Esse modelo é a base da solução NG LISA® da Under Protection. A plataforma transforma dados técnicos em indicadores acionáveis para o negócio. Com LISA, é possível visualizar riscos reais, precificados, organizados por criticidade e vinculados a áreas de negócio — permitindo um mapa claro de onde investir e como evoluir. 

O que a liderança precisa enxergar 

Muitos relatórios de segurança falham porque falam apenas com quem já entende do assunto. Mas o board precisa de clareza, contexto e impacto. 

Relatórios bem estruturados em indicadores de segurança da informação devem responder: 

  • Quais riscos ameaçam os objetivos estratégicos? 
  • Qual o custo potencial de não agir? 
  • Estamos melhorando ou regredindo? 
  • Onde estão os principais pontos de atenção? 

Traduzir a linguagem técnica para uma abordagem executiva é o que garante apoio da liderança, aprovação de investimentos e inclusão da segurança nos rituais de decisão. 

Conclusão: segurança não se sente — se mede 

Você só consegue gerenciar o que consegue medir. Em segurança, isso significa sair da intuição e operar com clareza. Medir é o que torna possível planejar, melhorar e justificar decisões. 

Com os indicadores de segurança da informação certos e soluções como o NG LISA®, sua empresa pode evoluir de um modelo reativo para uma gestão de segurança orientada por dados — com impacto real no negócio. 

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